Chavistas acusam Brasil de "agressão" por veto à entrada nos Brics
Regime venezuelano diz enxergar rejeição como um "gesto hostil" aos interesses do país. Assessor de Lula, Celso Amorim fala que "confiança com a Venezuela foi quebrada" após regime não divulgar atas de eleição
O regime de Nicolás Maduro classificou nesta quinta-feira (24/10) o veto do Brasil à entrada da Venezuela no grupo de economias emergentes Brics como um "gesto hostil" e uma "agressão" aos interesses do país, que há anos tenta a admissão no bloco.
A Venezuela – assim como a Nicarágua – ficou fora da lista prévia de parceiros dos Brics após pedido do Brasil. O Itamaraty vetou o país sul-americano como candidato a entrar no grupo de novos Estados-parceiros.
enezuela disse que a rejeição está "reproduzindo o ódio, a exclusão e a intolerância promovidos pelos centros de poder ocidentais".
"Uma ação que constitui uma agressão contra a Venezuela e um gesto hostil que se soma à política criminosa de sanções que foram impostas contra um povo corajoso e revolucionário. Nenhum truque ou manobra planejada contra a Venezuela interromperá o curso da história", diz a nota.
O governo do presidente venezuelano garantiu que tem "o respaldo e o apoio dos países participantes desta cúpula (dos Brics concluída nesta quinta-feira em Kazan, na Rússia) para a formalização de sua entrada nesse mecanismo de integração".
"Por meio de uma ação que contradiz a natureza e os postulados dos Brics, a representação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil decidiu manter o veto que (o ex-presidente Jair) Bolsonaro aplicou à Venezuela durante anos", diz o texto.
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