Torcedor rubro-negro, sabe aquela sensação que você teve na última quarta-feira, quando o Flamengo amassou o Palmeiras sem sofrer nenhum susto na Copa do Brasil? Pois foi a mesma dos são-paulinos na noite de sábado no Morumbis. O placar de 1 a 0 ficou barato para os reservas de Tite, que poupou os titulares e viu o seu time não fazer nem cócegas no São Paulo.
Só que teve uma diferença básica. O Flamengo não entrou para se defender como fez o Palmeiras no Maracanã. Mesmo com reservas, o Rubro-Negro foi ao Morumbis para tentar ganhar o jogo. O problema é que não soube atacar. Com dois atacantes, dois pontas e dois volantes, a equipe ficou desarrumada justamente no meio de campo, o coração de um time.
O que explica a falta de criação, aliado à falta de entrosamento de quem não costuma jogar junto. Talvez por isso o Flamengo demorou 22 minutos para finalizar: um chute de longe de Gabigol que ainda foi bloqueado no meio do caminho. E essa foi a única finalização rubro-negra em todos os 49 minutos do primeiro tempo. Coube a Léo Ortiz, zagueiro que já jogava improvisado de volante, tentar fazer o papel de meia com a bola e armar alguma coisa.
Outra alternativa de criação eram as ligações diretas dos zagueiros com os pontas. Mas David Luiz e Léo Pereira erraram quase todos os lançamentos buscando Matheus Gonçalves na direita ou na esquerda para Bruno Henrique, que por sinal foi pouco acionado enquanto esteve em campo. Teoricamente, o caminho era por ali, já que ele levaria vantagem na velocidade contra Rafinha.
E o Flamengo, com uma formação que mais parecia apropriada para jogar em contra-ataque, sofreu justamente em transições rápidas do São Paulo, que dominou o jogo de ponta a ponta. No primeiro tempo, o Tricolor teve três chances de gol: uma cabeçada de Wellington Rato para fora com só dois minutos (veja na imagem acima); um chute de Lucas na área defendido por Rossi aos 14; e uma furada de cabeça de Ferreirinha, explorando as costas de Wesley aos 42.
Volta melhor do Fla foi lampejo
Tite percebeu a necessidade de povoar o meio de campo e voltou com Gerson no lugar de Bruno Henrique. O Flamengo melhorou e com quatro minutos criou sua única chance em rara jogada trabalhada: uma bela trama que passou pelos pés de Léo Ortiz, Gerson e Carlinhos, que ajeitou para o chute de Wesley, da meia-lua da área, passar pertinho da trave.
Créditos dada a G1