“Eu achei a ideia genial. Eu sou de Porto Alegre, mas não estou agora no Rio Grande do Sul, e comecei a perceber vendo de fora que quem não conhece a cidade talvez não entenda a dimensão do que está passando”, conta. “A ideia é dar a dimensão e quem sabe sensibilizar as pessoas a ajudarem. Nessas horas toda ajuda é bem-vinda.”
Em um primeiro momento, Mincarone reproduziu o mapa para as dez maiores capitais do Brasil. Com a repercussão nas redes sociais, surgiram pedidos para que ela fizesse também para outras capitais brasileiras e cidades estrangeiras, como Londres, Paris, Roma e Berlim.
Na criação dos mapas foi considerada apenas as áreas afetadas pela região metropolitana de Porto Alegre, sem levar em conta o Vale do Taquari e o norte do Estado, que também foram afetados pelas cheias - ou seja, a mancha é, na realidade, ainda maior.
O escritório de urbanismo ressalta ainda que esses mapas apresentam um comparativo de extensão de área afetada, mas não são um mapeamento de áreas inundáveis nos municípios e tampouco de equivalência de população afetada, uma vez que topografia e densidade demográfica variam de cidade para cidade.
Em razão das chuvas, cerca de 11 mil pessoas buscaram acolhimento em abrigos temporários em Porto Alegre. Em todo o Rio Grande do Sul, as chuvas já deixaram ao menos 100 mortos, enquanto 128 pessoas estão desaparecidas.