Acusada de levar 'tio Paulo' morto ao banco para pegar empréstimo de R$ 17 mil, presa ganha forte defesa de filho: 'Dopada'
Érika de Souza Vieira Nunes está presa há uma semana sob acusação de ter levado "tio Paulo" morto ao banco para o idoso sacar um empréstimo de R$ 17 mil em um caso que ganhou repercussão internacional. Agredida por outras detentas em penitenciária de Bangu, a cabeleireira e suposta cuidadora de Paulo Roberto Braga foi defendida pelo filho Lucas Nunes dos Santos, de 27 anos.
O bombeiro reforçou que a mãe faz uso de remédios controlados - ela chegou a ser diagnosticada com depressão há dois anos, segundo sua defesa. "Ela tomava medicamentos para dormir. Mas estava fazendo uso abusivo desses remédios e transitava entre realidade e alucinações", disse ao portal Uol. De acordo com o filho, a mãe não estava em seu estado normal ao ligar para a família relatando a morte de Paulo.
"Ela ligou chorando e disse: 'meu tio faleceu, estamos no banco'. Mas não conseguia falar de forma coerente, parecia desorientada. Como ela estava dopada, não dava para entender direito", prosseguiu Lucas.
Mãe de duas meninas (de 14 e 17), Érika voltou a ser defendida pelo filho, que crê na revogação da prisão para que a mãe responda em liberdade. "Estamos lidando com dois sofrimentos. Primeiro, com o luto pela morte do nosso tio e com a forma macabra como trataram a imagem dele depois que o caso viralizou", frisou.
"E, também, com o que estão fazendo com a minha mãe. É desumano. A sociedade já condenou minha mãe, como se tivesse certeza que ela cometeu um delito. Minha mãe é inocente", garantiu, acrescentando que a mãe visitou "tio Paulo" durante a última internação do idoso.
Imagens do circuito interno da agência mostram, segundo peritos, que "tio Paulo" chegou morto ao local, algo negado por Érika. Testemunhas que viram o idoso pouco antes e o ajudaram a sair de casa e desembarcar de um táxi também dizem que ele estava vivo naqueles momentos.
O Samu por sua vez chegou a atestar a morte de Paulo como ocorrida duas horas antes do socorro ser acionado. Evidências no corpo do idoso podem reforçar que a morte tenha ocorrido com ele deitado e não sentado, o que afastaria o óbito na agência bancária.
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