SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Clayton Santos, um dos cinco amigos que estavam com Robinho na noite em que ele, no entendimento da Justiça italiana, participou do estupro coletivo de uma jovem albanesa em uma boate em Milão, em 2013, disse que a prisão do ex-jogador é uma injustiça e que a relação sexual foi consentida.
"O Robinho está preso injustamente. Ele não cometeu esse crime", afirmou, em entrevista ao UOL.
Santos negou a versão da vítima de que o grupo de amigos tenha colocado algum tipo de entorpecente em sua bebida para deixá-la inconsciente. Disse também que a mulher tinha plena consciência do que estava fazendo durante o ato sexual.
"O Robinho não estuprou ninguém, os amigos do Robinho não estupraram ninguém. Participamos de uma orgia, com a consciência de todo o mundo."
Em áudios gravados pela polícia que fizeram parte do material do processo que condenou o brasileiro, no entanto, o ex-jogador admitiu que ela estava inconsciente. "Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou", disse o ex-jogador.
Santos sugeriu, ainda, que a mulher tenha feito as acusações por interesses financeiros. Segundo ele, o grupo caiu em uma armadilha. "Eu acredito muito que ela encontrou uma oportunidade de mudar a vida dela e cometeu esse ato um pouco impensado que destruiu a vida do Robinho."
O ex-jogador foi preso no dia 21 de março para cumprir no Brasil a pena de nove anos de prisão a que foi condenado pela Justiça italiana.
Segundo a investigação do Ministério Público italiano, Robinho e outros cinco homens praticaram violência sexual de grupo contra a vítima, que, embriagada e inconsciente, foi levada para o camarim do estabelecimento, onde foi estuprada várias vezes. O brasileiro sempre negou o crime.
Um dos amigos de Robinho, o motorista Ricardo Falco, também foi condenado e tem um processo em curso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), correndo o risco de, assim como o ex-jogador, ter de cumprir a pena no Brasil.
Por terem deixado a Europa poucos dias após a noite do crime, os outros quatro homens acusados Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan não puderam ser notificados, e o caso deles foi desmembrado do processo. Eles não foram julgados e tampouco condenados pela Justiça do país europeu.
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