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O satélite pioneiro de 2 toneladas prestes a cair sobre a Terra

O satélite pioneiro de 2 toneladas prestes a cair.

Publicada em 22/02/24 às 01:02h - 16 visualizações

por TV Agnus do Rio de Janeiro


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Satelite europeu preste a cair na terra.  (Foto: © ESA)

O satélite pioneiro de 2 toneladas prestes a cair sobre a Terra


Um satélite europeu pioneiro deverá cair na Terra nas próximas horas.

O ERS-2 era uma plataforma de observação com tecnologia de ponta quando foi lançado em 1995 — e ajudou a forjar tecnologias que agora são usadas rotineiramente para monitorar o planeta.

A atividade do aparelho diminuiu gradualmente desde o encerramento das operações dele, em 2011.

A Agência Espacial Europeia (ESA) afirma que a maior parte do satélite de duas toneladas irá queimar e se desfazer durante a descida.

É possível que algumas peças maiores e robustas possam suportar o intenso aquecimento gerado durante a queda em alta velocidade, mas as chances desses fragmentos atingirem áreas povoadas e causarem danos são mínimas, garantem os especialistas.

Esses pedaços de satélite poderiam pousar em quase qualquer lugar do mundo — mas, com a maior parte da superfície terrestre coberta pelo oceano, quaisquer detritos que sobrevivam ao atrito provavelmente serão perdidos no mar.

"E vale a pena destacar que nenhum dos elementos que podem entrar na atmosfera (e atingir a superfície) é radioativo ou tóxico", afirmou o cientista Mirko Albani, do Departamento de Observação da Terra da ESA.

A temperatura da superfície do mar: a monitorização climática atual tem uma 'dívida' com o programa que lançou os satélites ERS© ESA

A ESA lançou dois satélites de sensoriamento remoto da Terra — conhecidos pela sigla ERS — quase idênticos na década de 1990.

Ambos faziam as observações planetárias mais sofisticadas da época e carregavam um conjunto de instrumentos para acompanhar as mudanças que ocorriam na terra, nos oceanos e no ar.

Os aparelhos monitoraram inundações, mediram as temperaturas continentais e da superfície oceânica, rastrearam o movimento dos campos de gelo e observaram a deformação do solo durante os terremotos.

O ERS-2, especificamente, introduziu uma nova possibilidade de avaliar a camada de ozônio que protege a Terra.

A dupla de satélites foi descrita como os "avôs da observação da Terra na Europa".

“Em termos de tecnologia, é possível traçar uma linha direta desde o ERS até aos satélites europeus Copernicus/Sentinel que monitoram o planeta hoje", diz Ralph Cordey, gestor de Desenvolvimento do Setor de Observação da Terra da Airbus.

"O ERS foi onde tudo começou”, complementou ele.

O ERS-2 é o primeiro da dupla a voltar para casa. Ele ficava originalmente a 780 km acima da Terra, e os engenheiros usaram as reservas finais de combustível em 2011 para reduzir a altitude dele para 570 km.

A expectativa era que a camada superior da atmosfera arrastasse a espaçonave até a destruição em cerca de 15 anos.

Segundo os cientistas, é exatamente isso que deve acontecer nesta quarta, 13 anos após a redução da altitude.

A empresa alemã Dornier (agora parte da Airbus) liderou a montagem dos satélites ERS© AIRBUS

O satélite deve colapsar entre o fim da manhã e o período da tarde, no horário de Brasília, desta quarta-feira (21/2).

É difícil de determinar precisamente quando e onde ele vai cair. Isso varia conforme a densidade da alta atmosfera, que por sua vez é influenciada pela atividade solar.

O que se pode afirmar com certeza é que a reentrada ocorrerá entre 82 graus Norte e Sul, pois esta era a extensão da órbita do satélite ao redor da Terra.

Os especialistas em detritos espaciais da ESA calculam que pouco material do ERS-2 resistirá ao atrito e chegará à superfície da Terra.

A HEO, uma empresa australiana de rastreamento, está acompanhando a descida do ERS-2© HEO

Os fragmentos que podem chegar à superfície incluem painéis internos e algumas peças metálicas, como tanques de combustível.

O elemento com a maior probabilidade de atravessar a atmosfera de alguma forma é a antena do sistema de radar, que foi construído no Reino Unido.

Créditos dados a 

BBC News Brasil
BBC News Brasil





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