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Tempestade Akará: entenda os riscos de fenômeno considerado raro no Brasil; veja imagens

Tempestade Akará: entenda os riscos de fenômeno.

Publicada em 20/02/24 às 18:13h - 20 visualizações

por TV Agnus do Rio de Janeiro


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Tempestade Acara.  (Foto: Estadão FOTO fornecida por ESTADÃO)

Tempestade Akará: entenda os riscos de fenômeno considerado raro no Brasil; veja imagens


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Um ciclone considerado raro na costa brasileira fez a transição de subtropical para tropical antes de se tornar tempestade ao longo do último fim de fim de semana, de acordo com a Metsul. Nomeado no domingo, 18, como Akará, espécie de peixe em Tupi antigo, em nomenclatura dada pela Marinha do Brasil, o fenômeno segue atuando pela costa da região Sul do País. A expectativa é que continue em alto-mar nesta terça-feira, 20, sem se aproximar efetivamente do continente.

De acordo com a Climatempo, a tempestade tropical Akará não tem influência direta na chuva nem em ventos fortes que possivelmente ocorram no continente.

“Os temporais são das nuvens cumulonimbus, que provocam fortes pancadas de chuva e que crescem fartamente sobre o País por causa da grande disponibilidade de ar quente e úmido. Mas, a tempestade tropical causa ventos fortes sobre o oceano e isso deixa o mar agitado na costa do Sul e do Sudeste e os navegantes precisam ficar atentos aos avisos da Marinha do Brasil”, acrescenta a empresa brasileira de meteorologia.

Uma tempestade tropical é o último estágio de desenvolvimento abaixo de um furacão. “Mas até o momento, não há expectativa que Akará se intensifique mais e se transforme em um furacão”, afirma a empresa de meteorologia. É o primeiro ciclone a ser nomeado no Brasil desde a tempestade subtropical Yakecanem maio de 2022.

A tendência é que vá se afastando mais na quarta-feira, 21, e a partir de quinta-feira, 22, não atuará mais sobre o País, de acordo com o meteorologista da Climatempo.

Imagens de satélite registradas na segunda-feira, 19, da tempestade tropical Akará sobre o mar a leste do Rio Grande do Sul. Foto: Reprodução/NOAA/Nasa/Via Metsul© Fornecido por Estadão

Entenda como ocorreu a transição de subtropical para tropical, segundo o meteorologista Guilherme Borges:

  • 14 de fevereiro: a Marinha do Brasil emitiu o alerta para a previsão do ciclone subtropical na noite do dia, 14.
  • 15 de fevereiro: inicialmente o ciclone passou pelo estágio de uma depressão subtropical, com ventos menores do que 63 km/h e pressão atmosférica mínima de 1010 hPa. Ele foi identificado pela Marinha do Brasil como um ciclone em alto-mar, na costa do Rio de Janeiro, na altura de Arraial da Cabo, a pouco mais de 200 km afastado do continente. Com formação na noite de quinta-feira, 15, o ciclone subtropical continuou ganhando força em alto-mar, na costa do Rio de Janeiro.
  • 16 de fevereiro: o sistema se manteve como depressão subtropical, ainda na costa do Rio de Janeiro, e à noite a pressão atmosférica mínima foi de 1008 hPa. Havia a expectativa que a depressão subtropical se transformasse em tempestade subtropical na noite de sexta-feira, 16.
  • 17 de fevereiro: o sistema se manteve como depressão subtropical, na altura da costa sul do Rio de Janeiro, deslocando-se para o sul em direção à costa de São Paulo. a pressão atmosférica mínima foi de 1006 hPa na análise da Marinha do Brasil, por volta das 9 horas da manhã (horário de Brasília).
  • 18 de fevereiro: na manhã de domingo, o sistema ganhou força e foi reclassificado como depressão tropical na altura da costa de São Paulo, com a pressão atmosférica mínima no centro em 1002 hPa. Como depressão tropical, este ciclone produzia ventos ainda menores do que 63 km/h. No entanto, na noite de domingo, na análise meteorológica da Marinha do Brasil de 21 horas (horário de Brasília), o ciclone se intensificou um pouco mais, com ventos mais fortes, e foi reclassificado como tempestade tropical, recebendo o nome de Akará. A pressão atmosférica mínima era de 1000 hPa e sistema estava em alto-mar, na altura do litoral sul de São Paulo e do Paraná, com ventos estimados entre 63 km/h e até valores menores do que 118 km/h.
  • 19 de fevereiro: seguindo para a região Sul, a tempestade tropical Akará foi observada em alto-mar, na costa de Santa Catarina, com pressão atmosférica mínima de 998 hPa, com ventos entre 63 km/h e até valores menores do que 118 km/h. Por ser tropical os ventos se intensificam. Com esse limiar mais forte (lá, no oceano), o fenômeno, segue em alto mar, trazendo apenas uma leve agitação marítima na costa do Sul e Sudeste, sem impactos no continente, como já mencionado anteriormente.

Há risco de se tornar um furacão?

Assim como a Climatempo, a Metsul também avalia que não há risco de evolução para um furacão.

“O centro de baixa pressão na costa do Sul do Brasil foi elevado da categoria de depressão tropical a tempestade tropical, o estágio anterior a um furacão. Com isso, a tempestade foi nomeada e batizada como Akará”, acrescenta a Metsul.

A tendência é continue seguindo rumo ao Sul, longe do continente, até se dissipar totalmente, não oferecendo perigo em terra firme. Embora sem causar consequências no continente, Akará proporcionou o registro de algumas imagens de satélite na segunda-feira, 19, conforme divulgou a Metsul.

Imagens de satélite registradas na segunda-feira, 19, da tempestade tropical Akará sobre o mar a leste do Rio Grande do Sul. Foto: Reprodução/NOAA/Nasa/Via Metsul
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