Opções para suprir a ausência do jogador não faltam, tendo em vista que o técnico convocou nove atacantes para essa Data Fifa. Levando em consideração que o Diniz deve manter a escalação com quatro atacantes entre os titulares (além de Vini Jr, atuaram Martinelli, Rodrygo e Raphinha), cinco jogadores despontam na busca pela vaga: Gabriel Jesus, João Pedro, Paulinho, Pepê e Endrick.
A escolha do treinador deve influenciar pouco na forma de jogar da equipe, se considerarmos que os times de Diniz não tem posição fixa, muito menos um sistema tático definido ou padrões coletivos. Vale lembrar que o estilo de jogo do técnico é baseado na qualidade individual dos jogadores e, por isso, escolher o nome certo para a vaga pode ser determinante para uma boa atuação da Seleção.
A seguir, veja as possibilidades que Diniz tem para escalar o Brasil na partida diante da Argentina.
GABRIEL JESUS
O atacante do Arsenal (Inglaterra) é o favorito para ocupar a vaga no ataque da equipe, a depender de como será a sua recuperação até o dia do clássico. O atleta não atua desde 24 de outubro, quando sofreu uma lesão muscular. No entanto, o jogador já está treinando com o grupo e participou da atividade de sábado (18) entre os titulares.
Jesus é um atacante que tende a jogar no limite do impedimento a todo instante. Ou seja, um jogador que vive empurrando a defesa adversária para trás. Esse movimento ajuda a espaçar a marcação rival, principalmente no espaço entre defesa e meio-campo, o que pode dar maior liberdade para Rodrygo se movimentar pelo meio do campo, tabelar e articular os ataques do time. Além disso, sua entrada liberaria Martinelli para atuar com mais liberdade, trocando de posição com Rodrygo e Raphinha.
JOÃO PEDRO
O jovem do Brighton (Inglaterra) parece ser a segunda opção de Diniz para a vaga, caso Gabriel Jesus não consiga atuar. Pelo menos foi o que o técnico indicou ao escalar João Pedro entre os titulares no primeiro exercício do último treinamento (uma atividade em campo reduzido).
A entrada do jogador daria a Diniz justamente aquilo que ele mais quer em uma equipe: movimentação sem posições fixas. João Pedro pode atuar como centroavante de movimentação, segundo atacante e ponta dos dois lados. Assim, sua entrada permitiria uma rotação ainda maior entre os quatro jogadores de frente, com liberdade total de aproximação para a troca de passes.
PAULINHO
Destaque do Atlético-MG na temporada, o jogador se destaca pela explosão, velocidade e força física, ao contrário das aproximações e toques curtos que Diniz aplica em seus times. Apesar de suas características não combinarem com o estilo do treinador, Paulinho tem uma vantagem em comparação a outros jogadores: assim como João Pedro, pode atuar em várias posições do ataque, como segundo atacante e nas pontas, aumentando a possibilidade de trocas de posição na frente.
PEPÊ
Revelado pelo Grêmio, Pepê é um dos destaques do Porto nas últimas temporadas, atuando como... lateral-direito! Sim, o jogador que deixou o Brasil como um atacante habilidoso se reinventou no clube português pelas mãos do técnico Sérgio Conceição. E, embora o jogador também possa atuar pelo centro, de maneira semelhante a João Pedro, e deixar o ataque mais móvel, a tendência é que Pepê atue na região do campo em que se sente mais confortável caso entre como titular: pelas pontas, forçando jogadas de um contra um.
ENDRICK
O caçula da Seleção Brasileira até chegou a entrar em campo após o segundo gol da Colômbia na última partida. As arrancadas com a bola são sua característica natural, o que implica em sua escalação de frente para o gol para explorar esse atributo de seu jogo. Utilizar o jogador de costas para o gol, para fazer pivôs e paredes, além de trocar os passes curtos exigidos pelo treinador, seria desperdiçar sua principal marca em campo.
A diferença fundamental entre Gabriel Jesus e Endrick, os dois atacantes que entregam mais quando jogam de frente para o gol, é que o atacante do Arsenal empurra a defesa adversária com movimentos de ataque ao espaço; Endrick, por sua vez, costuma forçar a profundidade da zaga adversária com a bola nos pés, em condução.