Milhares de manifestantes se reuniram nesta 6ª feira (13.out.2023) em 5 países do Oriente Médio para demonstrar repúdio ao bombardeio de Israel na Faixa de Gaza e em solidariedade à Palestina.
Os atos foram registrados em Bagdá, no Iraque, em Amã, na Jordânia e em Saná, capital do Iêmen. Na capital do Paquistão, Islamabad, e em Bagdá, bandeiras de Israel foram pichadas e pisoteadas.
Em Kuala Lumpur, na Malásia, cerca de 1.000 muçulmanos fizeram uma corrente de orações em apoio aos Palestinos, os manifestantes gritaram “Palestina livre”e “esmague os sionistas”. Eles também queimaram duas efígies cobertas com bandeiras israelenses.
Na mesquita Al-Azhar, no Cairo, no Egito, manifestantes também protestaram em favor da Palestina.
Assista (2min7s):
Embora seja o maior conflito armado na região nos últimos anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas. Os 2 grupos reivindicam o território, que possui importantes marcos históricos e religiosos para ambas as etnias.
O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Possui um braço político e presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária, mas a organização é mais conhecida pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza.
A região é palco para conflitos desde o século passado. Há registros de ofensivas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021 entre Israel e Hamas, além da 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948), a Crise de Suez (1956), Guerra dos 6 Dias (1967), Guerra do Yom Kippur (1973), a 1ª Intifada (1987) e a 2ª Intifada (2000). Entenda mais aqui.
Os atritos na região começaram depois que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez a partilha da Palestina em territórios árabes (Gaza e Cisjordânia) e judeus (Israel), em 1947, na intenção de criar um Estado judeu. No entanto, as lideranças árabes não aceitaram a divisão.
O Hamas, grupo radical islâmico de orientação sunita, realizou um ataque surpresa a Israel no sábado (7.out). Israel declarou guerra contra o Hamas e começou uma série de ações de retaliação na Faixa de Gaza, território palestino que faz fronteira com Israel e é governado pelo Hamas.
Os ataques do Hamas se concentram ao sul e ao centro de Israel. Caso o Hezbollah faça novas investidas na fronteira com o Líbano, um novo foco de combate pode se estabelecer ao norte de Israel.
O tenente-coronel israelense Richard Hecht afirmou que o país “olha para o Norte” e que espera que o Hezbollah “não cometa o erro de se juntar [ao Hamas]”.