Israel Adesanya era o rei do peso médio (até 83,9kg.) do UFC. Invicto na categoria, o nigeriano havia derrotado todos os seus adversários com maestria e arrogância. Ele se considerava o melhor lutador do mundo e não poupava críticas aos seus rivais.
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Um deles era Alex Poatan, brasileiro que havia vencido Adesanya no kickboxing em duas oportunidades, mas que ainda era um desconhecido no MMA. O nigeriano subestimou o rival e disse que ele era um “bêbado desconhecido”, que tinha sorte de ter vencido no passado enquanto "vivia em um bar sentado com meus amigos bebendo". Na época, o brasileiro sequer estava na organização.
O destino reservava uma surpresa para Adesanya. Em 2022, ele perdeu o cinturão dos médios para o próprio Poatan, que o nocauteou no quinto round.
O Stylebender recuperou o título ao vencer o arquirrival por nocaute em revanche, mas não conseguiu manter o seu reinado por muito tempo. Em setembro de 2023, ele enfrentou Sean Strickland no UFC 293 e foi derrotado por decisão unânime, perdendo o cinturão novamente.
Para piorar a sua situação, Adesanya se envolveu em um problema com a justiça da Nova Zelândia, onde mora há anos. Ele se declarou culpado de uma acusação de dirigir alcoolizado em Auckland, em agosto de 2023, três semanas antes da luta contra Strickland.
O ex-campeão foi flagrado pela polícia com 87 miligramas de álcool por 100 mililitros de sangue em seu corpo, acima do limite legal de 50 miligramas na Nova Zelândia. Ele pode pegar até três meses de prisão ou pagar uma multa de cerca de R$ 13 mil. A audiência de sentença está marcada para janeiro de 2024.
O caso de Adesanya é um exemplo de como o mundo gira e como as coisas podem mudar rapidamente no esporte e na vida. O lutador que era um dos mais respeitados e temidos do UFC agora vive uma fase de decadência e escândalo, justamente com atitudes que julgava antes. Seria o fim?