Sergio Moro era principal alvo do complô desbaratado pela PF. Facção criminosa preparava atentados simultâneos, para criar caos, cometendo atos de homicídio e extorsão em vários estados.
O plano da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) de atentados simultâneos contra autoridades e funcionários, desbaratado nesta quarta-feira (22/03) por uma operação da Polícia Federal (PF), tinha como objetivo criar caos ao cometer homicídios e extorsão por sequestro em vários estados e teria sido motivado por mudanças nas regras para visitas a detentos em presídios federais.
Principal alvo da facção – uma das organizações criminosas mais poderosas da América Latina e que domina o tráfico de drogas e de armas no Brasil–, era o senador e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. O PCC queria sequestrá-lo para negociar a libertação de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, preso há mais de 20 anos e considerado a principal liderança do PCC.
Quando era ministro na gestão Bolsonaro, Moro determinou a transferência de líderes da organização criminosa para presídios de segurança máxima, numa tentativa de enfraquecer o grupo. A transferência acontece com autorização da Justiça, depois de pedidos protocolados pelos ministérios públicos estaduais.
Marcola foi transferido do sistema penitenciário estadual de São Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019. Outros 21 membros da cúpula do PCC foram transportados em um avião das Forças Armadas para presídios federais a partir do aeroporto de Presidente Prudente.